"Falar é uma necessidade, escutar é uma arte." - Goethe


Eu digo: Escrever é uma terapia. Ler o que escrevo é uma insanidade.

domingo, 14 de março de 2010

O.B.

Eduarda é uma jovem de vinte e poucos anos.
Moça estudada e com uma certa bagagem de experiência, mas nunca tinha usado O.B.
Um dia, uma amiga a convidou para ir à praia. Mas ela disse que não poderia ir, pois estava "naqueles dias". A amiga não acreditou e disse: Ué, é só colocar o O.B. Nunca deixei de ir à praia por causa disto.
Eduarda parou para pensar e se sentiu uma troglodita!! Deixou de ir à praia diversas vezes, e nunca tentou experimentar O.B. Neste momento, se sentiu uma adolescente , cheia de medos e dúvidas. Mas será que não vai machucar? Só que peraí, ela não era mais virgem, e fora que hoje em dia, até as virgens usam.
Mais uma vez, se sentiu uma idiota!!
Foi à farmácia, até porque queria muito ir à praia. Além disso, não iria se privar por um motivo tão banal, afinal é uma mulher moderna, vive em pleno século 21!!!
Ao chegar à farmácia, não sabia qual modelo e tamanho escolher. Depois de alguns momentos de indecisão, decidiu ser prática e pegou qualquer um. Afinal, era uma mulher antenada e moderna, não podia deixar transparecer que nunca tinha usado.
Chegou em casa mais contente e confiante. Seria moleza!!
Abriu o pacote e leu as instruções: Ficou um pouco confusa e seguiu as instruções. Resumindo, estragou dois absorventes. Se sentiu, mais uma vez, como uma adolescente vivendo uma experiência inusitada. Teve vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Pensou em ligar para as amigas, mas achou isso o cúmulo!!
Bom, mas não tinha jeito. Teria que pedir ajuda.
Como estava com pressa para sair, decidiu colocar o absorvente normal e iria pedir orientações para a amiga que a convidou para a praia. Fazer o quê, né? Teria que pagar esse mico.
Quando encontrou a amiga, e contou, esta não parou de rir. E disse não acreditar que ela nunca tinha usado.
Eduarda, com cara de adolescente frustrada, disse que não. Foram a um banheiro de bar e então, a amiga explicou-lhe como era que usava. E começaram a rir dos absorventes estragados na tentativa de colocá-los.
Eduarda percebeu que era mais fácil do que ela imaginava, como toda adolescente que conclui, ao final de suas experiências, que não era nenhum bicho de sete cabeças.
Depois de muitas risadas e comentários sobre a nova experiência, Eduarda foi feliz com a amiga à praia. Se sentindo uma mulher mega - ulta - moderna, que não perde nenhuma oportunidade por um detalhe tão bobo. Mas, por dentro, um pouco encucada: Afinal, será que tinha colocado direito? Será que não ia sair? Bom, mas resolveu espantar esses medos e foi curtir sua praia.
E no dia seguinte, usou novamente o O.B. como se já soubesse usar há muito tempo.
Até porque é uma mulher moderna, aprende rápido e mega antenada com a atualidade.



Ps. Qualquer semelhança com histórias reais, terá sido mera coincidência!!

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